Petar

Cavernas – módulo diversão

Depois de um contato inicial com o mundo subterrâneo, respeitoso como todo início de relação costuma ser, chegou a hora de aumentar a intimidade com as cavernas…
Uma divertidíssima é a famosa Água Suja. Essa caverna tem um conduto principal que é basicamente todo inundado pelo rio que dá nome à caverna (e não, a água não é suja…). Portanto…todo o trajeto de 800m até o fundo da caverna é feito andando pelo meio do rio.

(foto do site www.ecocave.com.br)
Às vezes a água bate no joelho, mas tem momentos em que ela pode chegar até o peito. E quando termina esse conduto principal, é possível ver uma outra possibilidade: é o caminho da ligação desta caverna com uma outra chamada Dívida Externa (haja inspiração para batizar tantas cavernas… 🙄 ). É possível descer um rapel de 100m desta última para a Água Suja, mas é necessária uma autorização especial do parque.

(foto do site www.ecocave.com.br)
Paramos em um ponto onde o rio sai por uma pequena fenda na pedra….é ali que entraríamos. Lanterna na altura da cabeça, pois o espaço só dá para a cabeça e um pouco mais, a água no pescoço… (por isso a falta de fotos próprias: você fica molhado o tempo inteiro).

(foto do site www.ecocave.com.br)
E aí você pensa que acabou, certo?
Errado: na última câmara, podemos tomar banho nesta pequena cachoeira…

Não é demais? 😀
E ainda tem uma espécie de degrau, que vocês podem ver na parte inferior, onde você pode se sentar enquanto recebe uma massagem 😉
Outra caverna bacana é a Alambari de Baixo, que pode ser alcançada através de uma caminhada a partir da vila. (Atualização: seguem algumas fotos que chegaram hoje dos amigos que viajaram conosco.)


Esta é a entrada…

Ela é pequena, mas tem várias passagens divertidas, como essa…

…ou essa, onde você tem que literalmente se espremer num túnel para depois descer escorregando…

Gente, isso é um verdadeiro parque de diversões :mrgreen:
Depois de mais um trecho na caverna, chegamos à água, sempre presente…o caminho até a saída é todo dentro do rio, andando com água na altura do peito.

(fotos acima do site www.bioventura.com.br)
Nem preciso contar o nosso estado ao sair da caverna… 🙄
Outra caverna que visitei da primeira vez é a Laje Branca. Uma trilha linda e, chegando nela, um pórtico impressionante, com 130 metros de altura, onde o pessoal faz rapel.
Dentro, dá para ver que a caverna é do tipo desmoronamento e, descendo bastante, chegamos em um salão gigantesco, com chão de areia, onde dá para apagar a luz e curtir a escuridão e o silêncio…

(foto do site www.cavernapetar.com.br)
Uma amiga minha foi logo depois para o Petar e fez também a Travessia do Aborto, que comentei dois posts atrás. Ela achou bem interessante…
Ainda ficam outras para ver, como a Ouro Grosso, cheia de cachoeiras e de nível mais difícil, a Casa de Pedra…

(foto do site www.ecoviagem.com.br)
…com seu inacreditável pórtico de 210 metros de altura, um dos maiores do mundo (está proibida a entrada na caverna), e muitas outras no núcleo Caboclos, mais distante.
Sempre tem um motivo para voltar ao Petar 😀

14 Comments

  1. Eduardo Luz

    Emília. Em primeiro lugar, grato pela passagem lá no Da cachaça pro Vinho. E foi muito boa a tua passagem pois me fez dar uma olhada aqui e ver como existem coisas muito bonitas perto de nós e não aproveitamos. O Petar está marcado na minha lista e só queria saber como se vai lá ? Dá pra ir por livre e expontânea vontade ou é necessário alguma autorização ? Parabéns, o teu blog é extremanente didático 1

  2. Patsy

    Eco-milia 🙄 que loucura menina, ainda bem que você voltou bem, seus pais sabiam que você iria entrar nesse aperto com água até o pescoço?? heim 😆
    que perigo!!!! vc é muito corajosa… eu fiquei em Pâ-ni-co.
    Acho que esse passeio só aqui no seu blog mesmo, eu lá? Nem…..rs.
    Patsy
    Freak out

  3. Luisa

    Emília, eu quero!!! Adorei!!
    Mas antes preciso de uma informação importantíssima: qual a temperatura da água? A minha pouca experiência em cavernas me ensinou que é bem fria… No Petar a regra se confirma?
    E quanto tempo você recomenda pra conhecer todo o lugar?
    Bjs

  4. Emília

    Oi, Eduardo, que bom te ver por aqui!
    É tranqüilo ir para o Petar saindo de São Paulo, mas você tem que pegar várias estradas e estradinhas, incluindo de terra. Vou dar as coordenadas no próximo post, nas páginas amarelas: como chegar, onde ficar…E para algumas das cavernas, como estas que visitei, não há necessidade de autorização, mas é recomendável a contratação de guia. Já para outras o acesso é restrito, mas o guia (ou agência) pode verificar isso para você.
    E parabéns, o Da cachaça pro vinho está apetitosíssimo… 😀
    Patsy, juro que não dá medo! Até criança eu vi nesta última caverna, fazendo o caminho inverso ao nosso…Só é um requisito gostar de água e de se sujar (parece propaganda de Omo 🙄 ).
    Mas a minha mãe sempre faz mil recomendações quando sabe que vou fazer estes esquemas 😆
    Luisa, no Petar a água não é tão fria não…na Água Suja o único problema é que em certo ponto existe um túnel de vento que faz você bater o queixo, mas ele passa rápido. Mesmo saindo da cachoeira ou de trechos mais profundos para mais rasos, você não se sente desconfortável.
    Acho que para curtir bem, uns 3 a 4 dias estão de bom tamanho: com 3 dias inteiros dá para fazer todas essas cavernas que eu visitei, a trilha do Bethary e com 4 ainda dá escolher uma outra caverna de dia inteiro, como a Laje Branca ou a Casa de Pedra.
    Um beijo!

  5. Carla Castro

    Ah, que delícia aquele escorregador!!! :mrgreen:
    Eu quero!!! É tao pertinho de casa (moro em Sampa)… dá para ir em qualquer época do ano, Emília?
    Mas por enquanto, fico aqui me divertindo no mundo que ficou branco nesse fim de semana!
    Abracos,
    Carla

  6. Débora

    Emília, como você chama isso de diversão? rs
    Eu estou tremendo só de ver as fotos. E ficar todo esse tempo na água gelada… ui!
    Você está se superando a cada novo post.
    Beijos,
    Débora

  7. Érica França

    Acho que descobri que tenho claustrofobia, fiquei com medo de me imaginar dentro de uma caverna, com água gelada até o pescoço…aff!, rs.

  8. Marcio

    Emília, eu sabia que ir ao Petar era legal, conheço gente que já foi e gostou. Mas depois do seu post, a visita é obrigatória.
    Muito legal!!
    Bjo!

  9. Carmen

    Emília,
    É muito interesante o post, mais você nunca me podría convencer de entrar em uma cova onde a cabeça choca com o teto.
    Eu tenho terror as cavernas apretadas, frías sem sol. Debe ser uma leve impresión-recuerdo de a caverna ancestral.
    Mais eu conosco pessoas que sim gosta…
    Beijos

  10. Emília

    Essa parte do escorregador é bem divertida mesmo, Carla! Eu não sabia que você morava em São Paulo, não…mas uma coisa boa é que tem muitos lugares bacanas e muito próximos de nós. Tenho uns amigos que foram para uma praia maravilhosa entre Paraty e Trindade, a praia do Sono. Não conhecia e fiquei louca para ir…só 3 1/2 horas de viagem, bem tranqüilo…
    Débora! A água não é tão gelada assim :mrgreen:
    Falando sério, realmente é bem sossegado, nada de ponto de congelamento, não. Especialmente depois do calor da trilha 😉
    E Érica, eu não sou claustrofóbica, mas imagino que caverna não seja o ambiente ideal para um, não…mas sempre sobram as trilhas e as cachoeiras, que tal?
    Marcio, fico pensando só no nível das fotos que você faria por lá…eu acho que você iria se esbaldar! 😀
    Carmen, o que me impressiona nas cavernas é a sensação de tranqüilidade, silêncio e escuridão. É um bom contraponto para toda essa loucura de São Paulo.
    Beijo!

  11. Mô Gribel

    Emília, as fotos são lindas, o lugar é demais mesmo!
    Mas eu acho que morreria de medo, clautrofobia e piti! 😀

  12. Mô Gribel

    Ops…claustrofobia. Me dá tanto nervoso que até comi o “S”!

  13. Emília

    Mô, pelo que eu te conheço, não te recomendo o Petar de jeito nenhum! 😆
    Quem sabe começar de um jeito mais light (e menos sujo)? 😉

  14. Pingback: blog de São Paulo » Blog Archive » PETAR, el paraíso de las cuevas

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